terça-feira, 12 de junho de 2012





Ele: Você é muito ciumenta.
Ela: Eu não sou ciumenta.
Ele: É sim, ciumenta.
Ela: Não sou, caramba.
Ele: Eu te amo.
Ela: Não, você ama aquela sua amiguinha lá, vai lá com ela.
Ele: Viu, ciumenta.
Ela: Eu não sou.
Ele: Imagina se fosse então.

E aí a gente desaba. Não aguenta mais. Chora… mesmo sem querer, e na frente de quem não sabia nem ao menos que você estava triste. Tudo aquilo que eu guardava há muito tempo, se derramou por minhas lágrimas, descarregou-me em sentimentos, sobrecarregou-me a ponto que eu não conseguisse mais fingir. E eu nem mesmo entendia essa confusão de sentimentos dentro de mim. Apenas vi que ninguém me entenderia, nem aquela hora e nem nunca. Por isso eu guardo pra mim. E eles ainda tem a capacidade de falar para mim que eu não tenho motivos para chorar. Dos meus motivos apenas eu sei. E é por causa deles que ao deitar na minha cama, eu desabo. Choro sem me preocupar. E no final, aquele que me consola tem sido meu travesseiro. Aguenta todas as minhas lágrimas, ouvindo meus pensamentos e afogando minhas mágoas. […] E no outro dia, lá vou eu com um enorme sorriso no rosto. E todos acreditam.